sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Discursos de Sathya Sai Baba: O HOMEM E DEUS - 25/07/58 – Ocasião: Viagens

TRECHO:
Tudo a seu tempo, eles dizem; o fruto tem que crescer e amadurecer antes que o azedo possa se tornar
doce. Eu venho a esta cidade há dez anos, mas só nesta tarde é que vocês, reunidos nesta vasta
multidão, puderam ter a bem-aventurança de ouvir-Me discursando! Eu estou contente de encontrar
todos vocês em uma hora auspiciosa, todos juntos em um mesmo local. Tudo que posso falar-lhes sobre
as disciplinas espirituais já foi dito com freqüência antes; a capacidade do homem, sua natureza, seus
talentos, são todos posses antigas do homem e, do mesmo modo, os conselhos dados a respeito de
como utilizá-los são muito antigos.
A única coisa nova é o comportamento perverso do homem - a direção na qual ele está desperdiçando
seus talentos, usando mal sua capacidade e sendo falso para com sua própria natureza. Ele esqueceu o
caminho prescrito nas Escrituras para o cultivo de sua natureza e daí todo este sofrimento; daí também
Meu advento.
O homem é essencialmente um animal que discrimina, dotado de discernimento. Ele não está contente
em satisfazer suas necessidades meramente animais; ele sente um vazio, um descontentamento
profundo, uma sede não saciada, pois é um filho da imortalidade e sente que a morte não é e não
deveria ser o fim. Este discernimento o instiga a descobrir respostas para os problemas que o assaltam:
“De onde eu vim, para onde estou indo, onde é o final da jornada?” Assim, o intelecto (buddhi) deve ser
mantido aguçado e claro.
Há três tipos de intelecto, de acordo com a predominância de um ou outro dos três atributos inerentes à
matéria (gunas): tamas (preguiça, inércia), que confunde verdade com inverdade e toma a inverdade por
verdade; rajas (paixão, agitação) que, como um pêndulo, oscila entre uma e outra, pairando entre as
duas, incapaz de distinguir entre elas; e satva (equilíbrio), que sabe o que é verdade e o que é
inverdade.

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