A história real de Liliana Fonseca, uma mulher corajosa obrigada desde pequena a lutar contra o destino.
Aos três anos Liliana ficou desfigurada num terrível acidente. Não imaginava, porém, que o pior ainda estava para vir: ser explorada e abusada pelo grande amor da sua vida. Quando, aos três anos, entrou nas urgências com o corpo todo queimado, Liliana estava longe de imaginar que iria passar grande parte da sua infância presa à cama de um hospital. Afastada da família que adorava, a menina cresceu na companhia de enfermeiras, submetida a tratamentos cada vez mais dolorosos, esfolada viva por médicos que não sabiam como tratá-la. Marcada pelo acidente, com o corpo desfigurado por cicatrizes, tentou esconder durante anos o seu segredo, por baixo de camisas de mangas compridas e lenços ao pescoço. Apesar de tudo, a menina cresceu e conseguiu ter uma vida “normal”. Estudou, tirou um curso, progrediu na carreira. Sonhava com o amor, mas continuava só, enclausurada num corpo que queria esconder de todos os olhares. Um dia conheceu Francisco, um homem diferente, que a aceitava como era. Mal sabia Liliana, porém, que tinha acabado de entrar no inferno. E que o amor da sua vida quase a levaria à loucura. «Marcada Para Sempre» é a história real de Liliana Fonseca, uma mulher que decidiu enfrentar o mais cruel dos destinos, que das suas fraquezas fez forças. E no amor das filhas, e no seu espírito indomável encontrou a coragem para se libertar.
“Quando o entusiasmo subia a pique, eu metia travão. Quando beijos e abraços já não bastavam, dizia adeus. Eu não aceitava o que a roupa escondia. Não acreditava que alguém pudesse aceitar.” Liliana Acerca da autora
Liliana Fonseca nasceu no Porto, em 1956, e ali viveu até aos dez anos. Em 1967, foi com a família para França, onde viria a concluir o bacharelato. Começou então a trabalhar na Câmara de Villeneuve-St-Georges, e, por imposições do funcionalismo público, optou pela nacionalidade francesa (tem hoje dupla nacionalidade). Empenhada em subir de posto, recomeçou os estudos. Ao fim de mais quatro anos a estudar Direito, e por via de concursos internos, foi promovida a Directora dos Serviços Municipais de Saúde, cargo que implicava a liderança de um vasta equipa de pessoal administrativo, enfermeiras e médicos. Em Dezembro de 1996 regressou a Portugal com o marido e as filhas, onde abriu um supermercado de uma grande cadeia francesa.
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