TRECHO:
CAPÍTULO 1 - O MENINO SOL
Amadíssimos irmãos gnósticos.
Esta noite todos nós celebramos com imenso júbilo o natal de 1966 e se torna urgente
estudar profundamente os mistérios crísticos.
No amanhecer do grande dia cósmico, o primeiro logos, o pai, diz ao terceiro logos, o
espírito santo : "ide e fecundai a minha esposa, a matéria caótica, a grande mãe, para que surja a
vida; todavia, tu verás". Assim falou o pai e o terceiro logos inclinou-se reverente. Amanhecia a
aurora da criação.
Nos sete templos do caos trabalharam os cosmocratores, o exército dos construtores da
aurora, a hoste dos elohim, o terceiro logos.
Três forças são indispensáveis para toda criação: a força positiva, a força negativa e a
força neutra.
Ante o altar do templo um elohim polarizou-se em forma masculina, positiva e outro em
forma negativa, feminina.
o plano baixo do templo, o coro dos elohim, representou a força neutra.
Esta ordem das três forças ficou assim estabelecida em cada um dos sete templos do caos
primitivo.
Cantava o divino varão. Cantava a divina mulher. Cantava o coro dos elohim.
Toda a liturgia dos sete templos foi cantada e a grande palavra fez fecundo o
Ventre da grande mãe divina.
"No princípio era o verbo e o verbo estava com deus e o verbo era deus".
"Este era no princípio com deus". "todas as coisas por ele foram feitas e sem ele nada do
que foi feito, se fez".
"N'ele estava a vida e a vida era a luz dos homens".
O verbo fecundou as águas da vida e o universo em seu estado germinal surgiu
esplendoroso na aurora.
O espírito santo fecundou a grande mãe e nasceu o cristo. O segundo logos é sempre filho
da virgem mãe.
Ela é sempre virgem antes do parto, no parto e depois do parto. Ela é isis, maria, adônia,
insoberta, rea, cibeles, etc.
Ela é o caos primitivo, a substância primordial, a matêria-prima da grande
Obra.
O cristo cósmico é o exército da grande palavra e nasce sempre nos mundos e é
crucificado em cada um deles para que todos os seres tenham vida e tenham-na em abundância.
Irmãos meus! Observai o astro-rei em seu movimento elíptico. O sol se move de sul a
norte e de norte a sul. Quando o sol avança para o norte celebra-se o nascimento do menino sol.
Ele nasce a vinte e quatro de dezembro à meia noite, já para amanhecer o vinte e cinco.
Se o cristo sol não avançasse para o norte, a terra toda converter-se-ia em um grande
Volume de gelo e toda vida pereceria; porém, o deus sol avança para o norte desde vinte e cinco
de dezembro para animar e dar calor e vida a todas as criaturas.
O menino sol nasce a vinte e quatro, já para amanhecer de vinte e cinco de dezembro, e
se crucifica no equinócio de primavera para dar vida a tudo o que existe.
O fixo da data de seu nascimento e o variável de sua morte, têm sempre em todas as
teogonias religiosas profunda significação.
Débil e desválido nasce o menino sol neste humilde presépio do mundo e em uma dessas
noites muito longas do inverno, quando os dias são muito curtos nas regiões do norte.
O signo da virgem celestial se eleva no horizonte pela época de natal e assim nasce o
menino para salvar o mundo.
O cristo sol, durante a infância se encontra rodeado de perigos e é realmente bem claro
que o reino das trevas é muito mais longo que o seu nos primeiros dias porém ele vive apesar de
todos os terríveis perigos que o ameaçam.
Passa o tempo..., Os dias se prolongam cruelmente e chega o equinócio de primavera, a
semana santa, o momento de cruzar de um extremo a outro, o instante da crucifixação do senhor
neste nosso mundo.
O cristo sol se crucifica em nosso planeta terra para dar vida a tudo o que existe; depois
de sua morte ressuscita em toda a criação e amadurecem então a uva e o grão. A lei do logos é o
sacrifício.
Este é o drama cósmico que se repete de momento em momento em todo o espaço
infinito, em todos os mundos, em todos os sóis.
Este é o drama cósmico que se representava em forma cênica nos templos de egito,
grécia, índia, méxico, etc.
Este é o drama cósmico que se representa em todos os templos de todos os mundos do
espaço infinito.
O aspecto secundário deste grande drama corresponde com inteira exatidão a todo
indivíduo sagrado que, mediante a revolução da consciência, alcança a iniciação venusta e
converte-se em herói solar.
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