Os Fidalgos da Casa Mourisca é uma obra de Júlio Dinis passada numa aldeia do Alto Minho e que retrata o confronto entre a burguesia em ascensão e a meteórica queda de uma nobreza decrépita e falida.
Da obra que lemos até agora deste autor, este é o livro que se assemelha mais ao romance tradicional onde o foco principal não recai tanto na ilustração de uma determinada realidade social mas antes nos amores entre dois jovens de realidades sociais diversas.
Apesar do carácter romântico assumir o papel de destaque Júlio Dinis nesta obra põe a nu a fragilidade de uma nobreza fidalga em declínio que se limita a viver de um nome que cada vez vale menos numa ilusão utópica da manutenção de um status quo que já não tem. Existe também uma ligeira abordagem dos problemas relativos às alterações profundas na sociedade portuguesa decorrentes do fim de alguns privilégios de classe que o liberalismo político ofereceu ao século XIX português.
No entanto, e como dissemos supra, o objecto principal desta obra são as relações pessoais que se estabelecem entre duas famílias de classes sociais distintas e que condicionam toda a narrativa.
Júlio Dinis neste livro apresenta-nos personagens bem desenhadas e oferece-nos a possibilidade de entrarmos bem fundo dentro dos seus mais íntimos pensamentos. A imagem das paisagens bucólicas do campo é-nos descrita com prazer e cor, sendo certo que rapidamente nos apaixonamos por toda aquela realidade – que em algumas circunstâncias e com autores menos talentosos cheiraria a mofo – o que faz com que não consigamos deixar de ler num ápice a obra.
Como é hábito não nos vamos pronunciar sobre o teor da narrativa e não desenvolveremos mais as personagens uma vez que consideramos que é neste campo que está a forma deste romance. Este é, obviamente, um livro que aconselhamos. Júlio Dinis é, certamente, um dos maiores autores da língua portuguesa e cada vez mais consideramos imprescindível na formação de qualquer leitor.
Da obra que lemos até agora deste autor, este é o livro que se assemelha mais ao romance tradicional onde o foco principal não recai tanto na ilustração de uma determinada realidade social mas antes nos amores entre dois jovens de realidades sociais diversas.
Apesar do carácter romântico assumir o papel de destaque Júlio Dinis nesta obra põe a nu a fragilidade de uma nobreza fidalga em declínio que se limita a viver de um nome que cada vez vale menos numa ilusão utópica da manutenção de um status quo que já não tem. Existe também uma ligeira abordagem dos problemas relativos às alterações profundas na sociedade portuguesa decorrentes do fim de alguns privilégios de classe que o liberalismo político ofereceu ao século XIX português.
No entanto, e como dissemos supra, o objecto principal desta obra são as relações pessoais que se estabelecem entre duas famílias de classes sociais distintas e que condicionam toda a narrativa.
Júlio Dinis neste livro apresenta-nos personagens bem desenhadas e oferece-nos a possibilidade de entrarmos bem fundo dentro dos seus mais íntimos pensamentos. A imagem das paisagens bucólicas do campo é-nos descrita com prazer e cor, sendo certo que rapidamente nos apaixonamos por toda aquela realidade – que em algumas circunstâncias e com autores menos talentosos cheiraria a mofo – o que faz com que não consigamos deixar de ler num ápice a obra.
Como é hábito não nos vamos pronunciar sobre o teor da narrativa e não desenvolveremos mais as personagens uma vez que consideramos que é neste campo que está a forma deste romance. Este é, obviamente, um livro que aconselhamos. Júlio Dinis é, certamente, um dos maiores autores da língua portuguesa e cada vez mais consideramos imprescindível na formação de qualquer leitor.
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