domingo, 30 de novembro de 2008

Rubicão - Steven Saylor


Embora seja uma amante de História e um grande apreciador de romances históricos, confesso que possuo uma relação de amor-ódio com o império romano e tudo o que lhe diga respeito, ou seja, sei perfeitamente da sua importância e influência nas sociedades ocidentais, que foi o império que mais durou, mas cada vez que leio alguma coisa sobre eles... enfim, é cá um fastio.

No entanto há ocasiões em que me apetece ler algo sobre eles e, devido a isso, lá acabo por me deparar com alguns “livrecos” interessantes e outros nem tanto, sendo que e neste caso, acabei por me deparar com algo que, enfim, lê-se.

Steven Saylor é licenciado em História e perito em política e cultura romanas.

Penso que isso é um excelente cartão de visita, ainda mais quando se junta o facto de ele ser fascinado por culturas clássicas, logo podemos estar certos que o descrito nas suas obras está de acordo com a época em causa.

Ora bem, não belisco minimamente a veracidade dos pormenores da época, até porque este “Rubicão” é o segundo livro do autor que leio e o outro, “Sangue Romano”, até me agradou, but este “Rubicão” é assim o sexto livro de uma série iniciada com o tal “Sangue Romano”, intitulada, a série, de “Roma Sub-Rosa”, Saylor, servindo-se do personagem Giordiano, que é um género de detective independente, aborda a vida social, cultural e política de Roma com todos os seus jogos de interesses políticos, cujas vidas dependiam de quem estava no poder e de quem apoiasse quem, tudo o que me aborrece.

Este livro descreve quando Júlio César resolve tomar o poder e guiar as suas tropas de volta a Roma, fazendo Pompeu, o seu rival e imperador, fugir com as suas tropas leias rumo ao sul, deixando Roma mergulhada no caos.

É neste contexto que Numérico Pompeu, sobrinho do imperador, é assassinado no jardim de Giordano que, face à terrivel situação e exigência de Pompeu, empreende uma investigação do crime.

Obviamente que as situações vão ocorrendo e no fim temos o nome do assassino e o porquê do acto. Mas, e honestamente, como policial não me convenceu, sobretudo porque fui capaz de descobrir o assassino muito cedo, porém, como documento histórico, é de facto um bom livro.

Todos os acontecimentos que levaram Júlio César ao poder estão descritos no livro, os jogos políticos e a forma como as peças se iam movendo faz-nos sentir o ambiente de Roma e a tensão que se sentia.

O livro, quanto a mim, vale por isso e para quem tem curiosidade sobre este grande império, então aconselho o livro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário