Editor: Dom Quixote
Páginas: 224
ISBN: 9789722038386
Sinopse
Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história da sua linhagem, desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até ao tetraneto, um jovem do Rio de Janeiro actual. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e económica, tendo como pano de fundo a História do Brasil dos últimos dois séculos.
Opinião
Sempre que posso, tento variar as minhas leituras: não só com novos autores, mas também com novos géneros que normalmente não leio muito. Depois de ter lido algumas boas críticas (entre as quais a dos Menphis aqui), decidi comprar este "Leite Derramado" e experimentar.
O livro é composto por capítulos curtos, nos quais um velho homem, internado num hospital e na fase terminal da sua vida, vai relatando episódios que a marcaram às enfermeiras e aos familiares que o vão visitando. São como que recortes da sua vida, uma vez que não aparecem por ordem cronológica e muitas vezes são contados mais que uma vez, ainda que com perspectivas diferentes. Eulálio Assumpção recorda a nobreza dos seus antepassados e conta-nos como nas várias gerações que lhe sucederam se foi progressivamente perdendo essa associação à "grandeza" .
É precisamente por gostar de ir variando que consigo apurar com maior exactidão o tipo de livros que realmente me enche as medidas, que me satisfaz por completo. Infelizmente, este não entra nessa categoria. Com capítulos curtos que se lêem num ápice, não consegui criar "aquela" ligação com o livro, sentindo-me sempre uma mera espectadora do que a personagem relatava. Apesar disso, consigo distanciar-me o suficiente para lhe reconhecer o devido mérito: muito bem escrito, com uma história interessante, com uma voz própria e algo a transmitir. Simplesmente, não é a minha praia.
7/10 - Bom
O livro é composto por capítulos curtos, nos quais um velho homem, internado num hospital e na fase terminal da sua vida, vai relatando episódios que a marcaram às enfermeiras e aos familiares que o vão visitando. São como que recortes da sua vida, uma vez que não aparecem por ordem cronológica e muitas vezes são contados mais que uma vez, ainda que com perspectivas diferentes. Eulálio Assumpção recorda a nobreza dos seus antepassados e conta-nos como nas várias gerações que lhe sucederam se foi progressivamente perdendo essa associação à "grandeza" .
É precisamente por gostar de ir variando que consigo apurar com maior exactidão o tipo de livros que realmente me enche as medidas, que me satisfaz por completo. Infelizmente, este não entra nessa categoria. Com capítulos curtos que se lêem num ápice, não consegui criar "aquela" ligação com o livro, sentindo-me sempre uma mera espectadora do que a personagem relatava. Apesar disso, consigo distanciar-me o suficiente para lhe reconhecer o devido mérito: muito bem escrito, com uma história interessante, com uma voz própria e algo a transmitir. Simplesmente, não é a minha praia.
7/10 - Bom
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