O sol imperava na manhã de sábado, 18 de julho, na sede campestre "no limite" dos Roedores de Livros, na Ceilândia (DF). O céu azulzinho e sem nuvens despejava seus raios ultravioletas superquentes e hiperbronzeantes sobre nós. Meio das férias. Dia de ficar em casa ou ir para a Água Mineral (um balneário público destas bandas do planalto). Para alguns poucos corajosos, dia de Roedores de Livros ao ar livre. Para completar a "prova" a poeira fina e vermelha insistia em pousar em tudo ao redor. Além de cozinhar o juízo da gente, as histórias saíram deliciosamente à milanesa.
Por falar em juízo, foi o livro do Tino (Cadê o Juízo do Menino?) que abriu a sessão de histórias. A turma se divertiu com as rimas de situaçòes inusitadas e passamos um bom tempo procurando os parafusos que a Mariana Massarani perdeu ao ilustrar a aventura. Diversão para uma bela manhã de férias.
Depois, Rebeca pediu para ler Quando vem a lua (Antônio Ventura, Cosac Naify) onde os brinquedos ganham vida e a história dialoga com o belo trabalho da ilustradora Josely Vianna Baptista. Rebeca ainda não lê com fluência, mas mostrou iniciativa e atenção na leitura e conseguiu se fazer entender. Um prêmio para nós e para ela, que nos acompanha há pouco mais de três meses.
Incentivada pela iniciativa da xará, outra Rebeca leu - bem mais à vontade - o livro Noite Escura (escrito e ilustrado por Dorothee de Monfreid, WMF Martins Fontes). Talvez por participar do projeto há mais tempo (temos foto da Rebeca ainda moleca numa visita em 2006), ela foi mais dinâmica na sua mediação. Voz mais alta, leitura quase sem atropelos e o jogo com o livro - que ajuda a trazer o ouvinte para a história - foram o destaque daquela mediação. Ao final, aplausos para uma aventura cheia de onomatopeias, bichos ferozes e um final inesperado. Valeu, Rebeca.
Depois, Tino divertiu a todos com sua leitura da nova edição de Uma História com Mil Macacos (Ruth Rocha, ilustrações de Cláudio Martins, Salamandra). Uma palavra mal dita pode atrapalhar um bocado. E, RuthRocha, esbanja talento com suas palavras bem escritas para olhos e ouvidos atentos de leitores de todas as idades.
Por fim, Tino apresentou uma de nossas últimas aquisições: As Horrorosas Maravilhosas (Elias José, com ilustrações de Rosinha Campos, bordadas por Iane Costa, DCL). O texto do querido e saudoso poeta-escritor dá nova vida ao conto popular das três fiandeiras e, naquela manhã, com um público predominantemente feminino, a história ganhou ainda mais força.
Ao final da manhã, um set de brincadeiras, afinal, com o juízo derretendo, também eu, Edna (nós na foto) e Tino desabrochamos a infância nas asas de uma plástica borboleta desatarrachadora de sorrisos. Sol a pino, histórias à milanesa. Sorrisos, que beleza! Roedores de Livros bronzeados. Hatuna Matata!!!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
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