terça-feira, 18 de março de 2008

O Jazz Segundo Villas-Boas

A propósito da comemoração dos 60 anos do Hot Clube de Portugal, destacamos um livro editado pela Assírio & Alvim. Uma obra que reúne uma série de testemunhos e de exemplos que demonstram a importância de Villas-Boas (em casa de quem funcionou a primeira sede do Hot) para a história do Jazz em Portugal. É caso para desejar também os parabéns a uma instituição que tem formado gerações de músicos em Portugal e que semanalmente recebe amantes, alunos e intérpretes do Jazz num espaço único em Lisboa. Vale a pena uma visita à Praça da Alegria!

Aqui ficam alguns dos testemunhos incluídos no livro:

Bernardo Moreira — O Villas-Boas era o jazz em Portugal. Tudo o que existe hoje foi ele que fez. Se não fosse ele, ainda estaríamos na pré-história do jazz.

Bernardo Sassetti — Foi uma pessoa que sempre me acompanhou e tinha um carisma especial e uma vontade de estar com os músicos e partilhar connosco as suas aventuras. Foi um pioneiro do jazz em Portugal. Uma força da natureza a contar histórias. Isso aproximou-me muito do mundo do jazz, numa altura em que eu tinha 16, 17, 18 anos.

Duarte Mendonça — Trabalhei com ele durante 15 anos, entre 1974 e 1988, no Cascais Jazz. Conheci-o na década de 1950, através do Gérard Castello-Lopes, um dos fundadores do Hot Clube. Foi ele que trouxe o jazz para Portugal. Foi ele que fez o primeiro programa de rádio sobre jazz, com o Artur Agostinho.

Maria João — Luís Villas-Boas era a pessoa mais importante do jazz em Portugal. Tinha um grande amor por aquela música, sem intuitos lucrativos. A mim ajudou-me com o seu entusiasmo e sempre me tratou muito bem. Acreditou em mim e deu-me trabalho, e assim pude dedicar-me inteiramente à música que eu amava.

Mário Laginha — Foi o mais importante impulsionador do jazz em Portugal, numa época em que era muito mais difícil fazê-lo. Eu era pequeno e ainda não pensava em ser músico, já ele se dedicava ao jazz de forma desinteressada e apaixonada. O Cascais Jazz ficará para a história da música em Portugal como o único pulmão de uma música que era quase um sinal de liberdade.

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