Autor: Marion Zimmer Bradley, Andre Norton & Mercedes Lackey
Tradução: Rute Rosa da Silva
Edição: Difel
Nº de páginas: 546
"Merina é uma próspera cidade onde reinam as mulheres da Casa do Tigre. De linhagem antiga, mantêm o equilíbrio na cidade, conciliando os interesses económicos e mantendo vivo o culto da Deusa, cuja relíquia, o Coração, se encontra no Grande Templo. Mas uma forte ameaça paira sobre a cidade. O imperador Balthasar aproxima-se com o seu poderoso exército e Merina não tem qualquer possibilidade de lhe fazer frente. Com ele vem também o mago Apolon, um servidor das Trevas que busca apoderar-se da relíquia e de todo o seu poder. É nestas circunstâncias que as mulheres da Casa do Tigre planeiam a defesa da cidade. Apenas a sua coragem se interpõe no caminho do imperador e do seu triunfo: a rainha-mãe, Adele, fará uso dos poderes espirituais e mágicos de que dispõe; Lydana, a rainha reinante, organizará a resistência armada; e a princesa herdeira, Shelyra, será os «olhos e os ouvidos» da resistência fazendo valer uma antiga aliança com os ciganos.
Em As Mulheres da Casa do Tigre, Marion Zimmer Bradley abre aos leitores as portas de um reino de maravilhas e horrores, de conquista brutal, magia e transformações milagrosas."
Em As Mulheres da Casa do Tigre, Marion Zimmer Bradley abre aos leitores as portas de um reino de maravilhas e horrores, de conquista brutal, magia e transformações milagrosas."
Nesta obra Marion Zimmer e os seus parceiros de escrita transportam-nos a Merina, uma próspera cidade governada pela Casa do Tigre, uma família matriarcal ligada à terra que governa e às suas gentes por laços que vão além do dever e da responsabilidade de um soberano. Merina acaba por cair às mão do Imperador Balthasar que se dispõe a governá-la com tirania e a deixá-la sob a perfídia do necromante Apolon. Com tamanho perigo pendendo não apenas sobre a cidade mas também sobre as suas cabeças, as mulheres da Casa do Tigre são obrigadas a entrar na clandestinidade, tornando-se o coração da resistência.
Gostei bastante do modo como são descritos os ambientes envolventes e como conhecemos, através de 3 mulheres muito distintas entre si, três gerações de uma mesma família ficando o leitor com uma noção muito clara daquilo que foi o passado, é o presente e poderá ser o futuro da Casa do Tigre e de Merina. Os personagens estão bem construídos, sendo alguns deles (Shelyra, por exemplo) muito cativantes enquanto que outros nos causam uma enorme repulsa (é o caso de Apolon que odiei mesmo).
A escrita é fluída e rica, sem ser rebuscada e vai-nos envolvendo sem que de tal nos demos conta. Quando nos apercebemos já nos encontramos tão enredados na estória que é impossível deixar de virar uma página atrás de outra. Devo dizer ainda que fiquei bastante surpreendida por, ao longo da narrativa, não conseguir denotar-se que o livro foi escrito a várias mãos. Não há variações de estilo gritantes, nem tão pouco uso de vocabulário mais elaborado por parte de um autor que do outro. A este nível a obra é bastante coesa e o leitor esquece-se que o livro não foi escrito apenas por Marion Zimmer Bradley.
Penso que será uma leitura agradável para os fãs de Anne Bishop e Juliet Marillier.7/10
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