segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Discurso de Sathya Sai Baba: DESENVOLVAM EDUCARE E SEJAM UNIDOS - 20/07/2008 – Conferência Mundial de Educação

TRECHO:
Encarnações do Amor Divino!
Eu não tenho mais nada a acrescentar ao que lhes foi dito por Michael Goldstein e por Srinivasan,
Presidente Geral das Organizações Sri Sathya Sai Seva da Índia. Educação não é um assunto sobre o
qual qualquer pessoa deveria falar. Atualmente, a educação se tornou superficial e mundana. Hoje em
dia, milhões e milhões de pessoas têm buscado esse tipo de educação na Índia. De que modo a
sociedade é beneficiada por tais pessoas? Todos estão preocupados com os seus próprios interesses
egoístas. Ninguém se importa com o bem-estar e interesse público. Ninguém está preocupado com a
realidade social e em que condições se encontra, ou quais as dificuldades a que as pessoas estão
submetidas. Quando falam em público, fazem-se longas dissertações sobre o auxílio aos pobres, mas
quando chega a hora de agir, ninguém está por perto. Todos vocês sabem em que condições o mundo
se encontra atualmente. Para onde quer que se voltem, vêem aflição e sofrimento. Paz e felicidade não
são encontradas em lugar algum.
Todos os países reivindicam progresso e empreendimentos em diferentes áreas. Essas reivindicações
são destituídas de conteúdo, uma vez que a paz e a felicidade não se encontram em lugar algum. Se
pesquisarmos a verdade, cada país está mergulhado em dificuldades e se encontra em alguma forma de
crise. Nenhum governo faz um esforço sincero para compreender as dificuldades por que passam os
pobres.
É muito difícil determinar quem é pobre e quem é rico. Todos são “pobres” em algum sentido. Então,
quem são os ricos? São aqueles que praticam o que dizem. Diz-se: “Aqueles cujos pensamentos,
palavras e ações estão em perfeita concordância são grandes almas” (Manasyekam vachasyekam
karmanyekam mahathmanam). Tais pessoas são muito raras.
Em realidade, países como a Rússia e os Estados Unidos, que são considerados superpotências, estão
causando grandes prejuízos aos países mais pobres. Eles sequer lamentam os seus erros. São
incapazes de compreender como estão sofrendo os povos subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
Por exemplo, o povo do Iraque padece indizíveis sofrimentos. Entretanto, ninguém se preocupa com o
seu sofrimento.
Sem dúvida, em cada país tem pessoas ricas e pobres. Estranhamente, são aos ricos que são
oferecidos cuidados e ajuda. Ninguém vem em socorro dos pobres ou lhes oferece ajuda. Portanto,
antes de qualquer coisa, os pobres e oprimidos devem ser protegidos.
Cada devoto deve incentivar o amor e a compaixão. Diz-se: “Somente pelo sacrifício alguém pode
alcançar a imortalidade” (Thyagenaike amruthathva-manasuh). Somente a pessoa que possui a
qualidade do sacrifício pode experimentar a beatitude. Aqueles que detêm o sentimento egocêntrico do
“eu” e “meu” nunca poderão ser felizes na vida. Onde existe o sentimento de “eu” surge o ego. Aqueles
que cultivam o sentimento de “meu” e “meu povo” cultivam o apego.
Não se deveria jamais desenvolver o sentimento de que somente o nosso país deve prosperar.
Desenvolvam uma visão mais ampla e rezem, Loka samasta sukhino bavantu (Que todos os seres de
todos os mundos sejam felizes!)
Aqueles que desenvolvem o sentimento tacanho de “eu” e “meu”, passam por muito sofrimento. Isso é
decorrente da educação secular que adquiriram. A educação mundana não vai além dos próprios
interesses egoísticos das pessoas. Devemos amar a todos e servir a todos. Atualmente, os ricos
perderam as qualidades de temer o pecado e amar a Deus (papa bhiti - daiva priti). Se vocês cultivarem
somente essas duas qualidades, poderão alcançar tudo na vida.
Precisamos diminuir bastante os nossos interesses egoístas. É preciso desistir gradativamente do
egoísmo. Devemos fazer uso total de nossa educação e energias, para o benefício da sociedade. Se não
houver pessoas pobres, vocês não poderão sequer estar seguros quanto aos seus alimentos: uma vez
que são eles que labutam nos campos e nas fazendas para produzir os grãos e mercadorias para o
consumo da sociedade. Enquanto os ricos usufruem o conforto da vida, os pobres suam para manter
unidos os seus próprios corpo e alma. Todos os indivíduos, na sociedade, têm os seus próprios direitos
como o direito à vida, etc. Portanto, devemos também cuidar dos pobres e atender algumas de suas
necessidades básicas. Por utilizarmos os seus serviços, devemos, em contrapartida, servi-los também.

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