Desde Abril que a Buchholz não abria as portas. Depois da falência e da venda em asta-pública este espaço fechou as portas mas agora, e porque o novo proprietário quer vender todo o recheio, está aberta até ao final do mês e tem mais de 125.000 pechinchas à espera dos leitores que por lá queiram passar. Aos que não conhecem o espaço nem a sua história deixo alguns elementos (que colhi aqui) que podem ser interessantes.
"Foi fundada em 1943 pelo livreiro alemão Karl Buchholz,que deixou Berlim depois da sua galeria de arte e livraria terem sido destruídas pelos bombardeamentos. A actividade de Buchholz era incompatível com o regime de Berlim, nomeadamente a venda de autores considerados proscritos, como Thomas Mann.
No entanto, a relação de Buchholz com o regime era algo dúbia pois tanto compactuava em manobras de propaganda alemã como salvava da fogueira obras de Picasso e Braque, condenadas pela fúria nazi.
No início, a livraria estava situada em Lisboa na Av. da Liberdade e só em 1965 se instalou na R. Duque de Palmela. O interior foi projectado pelo próprio livreiro ao estilo das livrarias da sua terra natal. O espaço estende-se por três andares unidos por uma escada de caracol, com recantos e sofás que proporcionam uma intimidade dos leitores com os livros.
(...)
A selecção dos títulos é vasta e inclui várias áreas: artes, ciência, humanidades, literatura portuguesa e estrangeira, livros técnicos e infantis, na cave funciona uma secção de música clássica e etnográfica. Apesar de não ser especializada em nenhuma área, a secção dedicada à ciência política é frequentada por muitos políticos da nossa praça. "
Podem então visitar este espaço até ao final do mês na Rua Duque de Palmela, 4 (junto ao Marquês de Pombal).
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