terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Processo

Autor: Franz Kafka
Título Original: Der Proceb (1925)
Editora: Assírio & Alvim
Páginas: 314
ISBN: 972-37-0515-X
Tradutor: Álvaro Gonçalves


Sinopse: Um belo dia, Joseph K., um bem sucedido gerente bancário, é subitamente preso no seu próprio quarto, sem saber porquê nem por quem. Vê-se então envolvido num labiríntico e absurdo processo que decorre secretamente algures nas secretarias instaladas nos sótãos e é conduzido por juízes menores, que têm a mera incumbência de o inquirir.
Concebido em 1914 (na sequência do doloroso rompimento do noivado com Felice Bauer), de uma forma fragmentária, com capítulos completos e outros por completar, passíveis de serem facilmente deslocados dentro de uma estrutura circular, o romance O Processo — que é em si também um fragmento — constitui para Kafka a forma ideal para expressar a fragmentação do mundo e da realidade em que vive o homem moderno. Nesta perspectiva, O Processo representa um marco na história do romance moderno.
A versão que se apresenta aqui é a tradução directa do texto alemão baseado nos manuscritos de Kafka, que anula todas as alterações introduzidas pelo amigo e testamenteiro Max Brod, na sua primeira edição de 1925.

Existem livros, os também chamados de “clássicos” que mesmo que não os tivéssemos lido, já todos ouvimos falar e quase sabemos a história de cor. “O Processo”, de Franz Kafka , é um deles: já todos ouvimos falar do livro que deu origem ao “processo kafkaniano”, um processo onde a vítima se vê envolvida, e é condenada, sem saber o porquê e de que trata a tal condenação.

Neste livro, Kafka cria a história de um homem, gerente bancário, que no dia do seu aniversário é, no seu próprio quarto, feito prisioneiro. Sem que lhe dêem explicações para o sucedido, o homem é levado a tribunal, estando, como vamos entretanto percebendo, logo condenado à partida, quase sem hipóteses de defesa.

Nas páginas seguintes, acompanhamos Joseph K. tentando defender a sua inocência, ao mesmo tempo que tenta descobrir o motivo de tal processo e do seu envolvimento, uma busca que apenas o levará a um beco sem saída.

O livro funciona como um espelho da sociedade naquele tempo, e dos tempos seguintes. Kafka conseguiu criar um livro intemporal, em que durante as gerações futuras as suas páginas nunca envelheceram, nem ficaram desactualizadas.

Posteriormente, Kafka ainda cria as páginas “Fragmentos”, pequenos contos que, embora estejam à parte da história principal, têm a mesma personagem e são pequenas histórias de uma personagem que ficou no imaginário da história da Literatura. Joseph K, a par de muitas outras, estará sempre na história da Literatura como das melhores personagens mais importantes criadas por um escritor.

Foi o meu primeiro livro de Kafka, adorei a maneira como escreve e certamente será um escritor a revisitar a sua obra muito brevemente.

10/10 - Obra-prima

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