R- O livro centra-se no problema fundamental da crise ecológica- a atitude humana na sua dimensão relacional. Defende-se aqui que a evolução tecnocientífica não tem correspondido a um real e efectivo progresso moral. A crise de valores instalada, o gradual empobrecimento da componente relacional da acção, afecta profundamente as relações que o homem mantém consigo próprio e com o seu mundo, nomeadamente, com o seu mundo natural. Daí que o livro veicule a ideia que o problema do Ambiente é, mais do que um problema de engenharia, um problema de ética. O panorama da reflexão ética contemporânea, que o livro dá conta, corrobora esta tese dando pistas para a sua resolução e, sobretudo, propondo um horizonte de salvação do humano que inevitavelmente passará pela reconciliação do Homem com a Natureza.
2-De forma resumida, qual a principal ideia que espera conseguir transmitir aos seus leitores?
R- O quão necessário é, hoje em dia, até por uma questão de sobrevivência e saúde, repensar a acção na sua dimensão ética e axiológica. Valores como o respeito e responsabilidade, deveres e obrigações, prudência e precaução devem ser integrados num discurso dirigido para o futuro, que enfrente com sucesso os ideais iluministas e positivistas de progresso sem limites, cujas consequências negativas mais óbvias foram o consumismo desenfreado, a exaltação do individualismo e, em consequência, a exploração abusiva dos recursos naturais. O que a crise ecológica demonstra é que à medida que o mundo das coisas, dos produtos e artefactos da tecnociência, se expande e multiplica, o mundo humano empobrece e corre riscos sérios de vir a ser profundamente afectado. E tal merece ser objecto de reflexão e de decisão que encare com seriedade a urgência de uma mudança de atitude, no sentido do respeito e da responsabilidade pela vida em geral.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Irá ser publicado em breve pelo Centro de Filosofia da FLUL um artigo sobre Estado, Educação e Mercado: qual o futuro do ensino das humanidades no seio da economia global?
__________
Maria José Varandas
Ambiente-Uma Questão de Ética
Sextante Editora, 13,90€
2-De forma resumida, qual a principal ideia que espera conseguir transmitir aos seus leitores?
R- O quão necessário é, hoje em dia, até por uma questão de sobrevivência e saúde, repensar a acção na sua dimensão ética e axiológica. Valores como o respeito e responsabilidade, deveres e obrigações, prudência e precaução devem ser integrados num discurso dirigido para o futuro, que enfrente com sucesso os ideais iluministas e positivistas de progresso sem limites, cujas consequências negativas mais óbvias foram o consumismo desenfreado, a exaltação do individualismo e, em consequência, a exploração abusiva dos recursos naturais. O que a crise ecológica demonstra é que à medida que o mundo das coisas, dos produtos e artefactos da tecnociência, se expande e multiplica, o mundo humano empobrece e corre riscos sérios de vir a ser profundamente afectado. E tal merece ser objecto de reflexão e de decisão que encare com seriedade a urgência de uma mudança de atitude, no sentido do respeito e da responsabilidade pela vida em geral.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Irá ser publicado em breve pelo Centro de Filosofia da FLUL um artigo sobre Estado, Educação e Mercado: qual o futuro do ensino das humanidades no seio da economia global?
__________
Maria José Varandas
Ambiente-Uma Questão de Ética
Sextante Editora, 13,90€
Nenhum comentário:
Postar um comentário