« Estás para começar a ler o novo romance Se numa noite de Inverno um viajante de Italo Calvino. Descontrai-te. Recolhe-te. Afasta de ti todos os outros pensamentos. Deixa esfumar-se no indistinto o mundo que te rodeia. A porta é melhor fechá-la; lá dentro a televisão está sempre acesa. Diz aos outros: "Não, não quero ver televisão!". Levanta a voz, senão não te ouvem: "Estou a ler! Não quero que me incomodem!". Não devem ter-te ouvido, com aquele barulho todo; fala mais alto, grita:”Estou a começar a ler o novo romance de Italo Calvino!”…»
É com este convite especial que o autor nos introduz no seu novo romance cuja arquitectura assenta nos inúmeros percalços que assaltam um leitor e uma leitora desde o momento em que se vêem confrontados com a súbita interrupção da história de Se numa noite de Inverno um viajante e decidem investigar a origem de tal facto.
O romance divide-se em doze capítulos, os primeiros dez seguidos cada um de um título que introduz uma história diferente, sempre iniciada e interrompida num momento aliciante da leitura. Os capítulos com numeração parecer conter a voz do autor empírico Ítalo Calvino, os restantes iniciam dez romances de autores imaginários, cada um com um título diferente, resultantes da busca incessante que o leitor faz para averiguar o que se passou, de facto, com o percurso do romance com que iniciou a leitura. O conjunto dos diferentes títulos surge, a dado momento, num texto corrido constituindo ele mesmo um corpo significativo: Se numa noite de Inverno um viajante, fora do casario de Malbork, debruçando-se da escarpada falésia sem temer o vento e a vertigem, olha para baixo onde a sombra se adensa numa rede de linhas que se entrelaçam, numa rede de linhas que se intersectam no tapete de folhas iluminadas pela lua à volta de uma cova vazia ,- Que história lá ao fundo espera o fim?
Este livro, de surpreendente estrutura, torna-se original pelo permanente diálogo com o leitor que é também personagem e, por outro lado, com o leitor real, aproximando-nos da construção narrativa e levando-nos a apreciar a mestria da escrita, com um conjunto de expressões que apetece reter, passar para um caderno para reler um dia.
É com este convite especial que o autor nos introduz no seu novo romance cuja arquitectura assenta nos inúmeros percalços que assaltam um leitor e uma leitora desde o momento em que se vêem confrontados com a súbita interrupção da história de Se numa noite de Inverno um viajante e decidem investigar a origem de tal facto.
O romance divide-se em doze capítulos, os primeiros dez seguidos cada um de um título que introduz uma história diferente, sempre iniciada e interrompida num momento aliciante da leitura. Os capítulos com numeração parecer conter a voz do autor empírico Ítalo Calvino, os restantes iniciam dez romances de autores imaginários, cada um com um título diferente, resultantes da busca incessante que o leitor faz para averiguar o que se passou, de facto, com o percurso do romance com que iniciou a leitura. O conjunto dos diferentes títulos surge, a dado momento, num texto corrido constituindo ele mesmo um corpo significativo: Se numa noite de Inverno um viajante, fora do casario de Malbork, debruçando-se da escarpada falésia sem temer o vento e a vertigem, olha para baixo onde a sombra se adensa numa rede de linhas que se entrelaçam, numa rede de linhas que se intersectam no tapete de folhas iluminadas pela lua à volta de uma cova vazia ,- Que história lá ao fundo espera o fim?
Este livro, de surpreendente estrutura, torna-se original pelo permanente diálogo com o leitor que é também personagem e, por outro lado, com o leitor real, aproximando-nos da construção narrativa e levando-nos a apreciar a mestria da escrita, com um conjunto de expressões que apetece reter, passar para um caderno para reler um dia.
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